quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Soneto

Anoiteceu, o sopro na janela,
o vento, implacável ao meu redor,
desperta o canto que se quer maior
com outras tintas colorindo a tela

Acordes repovoam o esquecimento
canções esparramadas noite afora
esperam a madrugada, sem demora,
para invadir teu quarto e pensamento

Quantas cores invento a cada dia
para pintar de sonho um novo som
como se a poesia ainda vivesse?

E quantas luas eu não esperaria
pra te dizer quanto seria bom
estar contigo? Isso, se eu pudesse.


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