O meu amor
É pura poesia. Em prosa.
É dengo na voz
Nos olhos risonhos
Na boca
macia
de beijar
O meu amor
É altar de sonho
guarida no temporal
Chuva fina na aridez
Viração,
vendaval
O meu amor merecia
Palavras de prata,
Silêncios de ouro,
Nobre que é.
Eu
não tenho mais
que versos de pé-quebrado,
Sextilha, oitavas, quadrões,
Parcelas, toadas, mourões
Martelo-agalopado.
Ainda assim,
me quer.
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