A languidez dos monges
Paciência
Timidez
Doçura quase servil
Por vezes tenho verve
Discurso pronto
Inteligência aguda
Seriedade absoluta
Perceptível atrás dos óculos
Mas quando a lua é cheia
Tenho um brilho nos cabelos
Língua ávida, boca úmida
Sede,
Desenfreada,
Olhos de lince, molhados,
Entre as coxas uma fogueira
Não deito com qualquer um
É preciso que me encante
Que me excite
Que me ganhe
Amo só quem quero amar
Mesmo só,
Com minhas mãos
Dedos e imaginação
Lua gira, lua cresce,
Lua mingua e tudo volta
E a boa moça se comporta
Até outra lua cheia
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