quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Quando nos vemos

Nos vemos. Duas palavras. Só.

Nos vimos, uns tempos aí, e pouco ou nada nos dissemos, e passamos, e nos perdemos, e nos guardamos, sem saber, talvez, em algum lugar, pra algum tempo futuro.

Nos vimos, por fim. E nos quisemos. E nos deixamos querer, sabendo que fácil não seria.

Hoje, perambulo pelas ruas da cidade vendo tudo, vendo nada, estando nela e além. E volto pra casa, onde a solidão é boa, o cansaço é bom, a lembrança é melhor, a expectativa alimenta a noite e o dia que vem, que não parecerá só mais um dia, ainda que só isso seja. E vibro, e pulso, e sinto, e quero, mais, e mais, mesmo sem saber ao certo o que, nem se temendo ou não. E sonho encontros e palavras e sabores e cheiros e gestos e jeitos e toques e carícias e mais. E risos e mais.

E o peito taquicarde, que fumo cigarros de outra marca e vasculho fragmentos da sua vida e reviro suas gavetas, tentando assim aproximar o meu caminho do seu.

Nos vemos? Futuro. Alumbramento, promessa, magia, um mundo novo, imenso, ainda que em breve tempo, de sol aquecendo. Porta entreaberta por onde quero entrar e me perder, e me encontrar, e não sabendo muito bem o que fazer, não pensar , demais.
Que tudo o mais me parece nada quando nos vemos.

Nenhum comentário: