segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tarot


“Ilusão, ilusão, veja as coisas como elas são/a carroça, a dama, o louco, o sim, o não...”
A mesma canção de fundo de quando ela se foi, há 23 anos, o porquê de nunca mais tê-laS escutado.
E também nunca mais tinha tirado do lenço de seda preta o tarot de Marselha.
O conselho: um pouco de loucura. Quando, na mesma mão, o eremita, paradoxalmente, fala em prudência, sabedoria, discernimento.
O sol passado, o diabo presente, o carro futuro. Vigor. Tentação. Intuição.

Desatenta, sob o impacto, perdi o compasso das horas e não procurei saber mais quando deveria. Perdi o óbvio, teci estrelas. Despertei desnorteada, que fatos novos tudo mudam.

Mantenho a calma, o encanto, a vontade de rever, ouvir, falar, revelar, descobrir. De tentar sublimar o que sobra. E beber do possível.

Guardo novamente o disco e o baralho. Ambos de enorme inutilidade quando a vida "é real e de viés”.

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